ontem a Feira trouxe-me António Dacosta, em "A Cal dos Muros" (Assírio & Alvim):
«Percorro em ti o que de ti sei
Agora vão pássaro em voo
Espelho de escuras sombras e lago
Idêntico à ovelha que roda
No círculo que a fecha em si
Entre ti e mim despenhados das águas
Que dos montes aos montes tornam
Entre ti e mim uma ilha
......................»
(pág. 93)
No stand 118, do alfarrabista Arquimedes, foi Eugénio de Andrade que veio até mim:
«O verde dos bambus mais altos é azul
ou então é o céu que pousa nos seus ramos»
Quem também andou por lá foi Ondjaki, a dar autógrafos e dois dedos da conversa perto dos stands da Caminho. Em "Bom Dia Camaradas" ouve-se assim:
«Acordei outra vez bem-disposto, porque eu adorava ir aos comícios, aos desfiles.
Bom dia, camarada pai!, disse a brincar, porque o camarada António ainda não tinha chegado. Bom dia, camarada filho!, respondeu-me, bem-disposto como sempre de manhã ele estava. Já havia leite aquecido, a mesa tinha sido posta na noite anterior, abri a janela grande da sala, e assim a claridade entrou naquele espaço, como se fosse alguém desconhecido que entra num sítio também desconhecido e tivesse aquela curiosidade de espreitar.»
(pág. 77)
quem também viaja diariamente pela feira é o J, com encontro marcado no Keine Problem.
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