Paulo Moura fala de Asfixia, e diz assim: «Não é necessário ler este livro. Há tantos outros nas livrarias, prometendo histórias maravilhosas e edificantes. Para quê perder tempo com este? (...) O autor-narrador avisa logo de início. Disso não nos podemos queixar. O livro começa assim: "Se vais ler isto, não te maces. Ao fim de um par de páginas, não vais querer estar aqui. Por isso, esquece. Sai enquanto ainda estás inteiro. Salva-te. Tem de haver qualquer coisa melhor na televisão. Ou uma vez que tens tanto tempo livre, talvez pudesses tirar um curso à noite. Tornares-te médico. Podias fazer qualquer coisa boa para ti. Oferecer a ti próprio um jantar fora. Pintar o cabelo. Não estás a ficar mais jovem. O que acontece aqui, primeiro, vai chatear-te. Depois, vai ficando cada vez pior".»
Se virmos que há quem, num resumo do livro, diz assim: «A sua especialidade: cuidar de viciados de sexo em grupo que ele gosta de reunir, à volta de uma mesa, em sessões de terapia colectiva.»; e que o primeiro livro de Chuck Palahniuk foi "Clube de Combate", há que não deixar escapar "Asfixia". Edição da Notícias.
A Asa lançou recentemente, na sua colecção Pequeno Formato, uma Pequena Antologia da Poesia Palestiniana Contemporânea.
Salim Jabrane diz: O sol passa as fronteiras / sem que os soldados / abram fogo sobre ele. Com tradução de Albano Martins, fica a análise de Margarida Santos Lopes, e uma pequena apresentação de alguns destes poetas.
«Nos vidros tapados, lá está a terrível expressão "mudança de ramo". Pronto: a pequena livraria que abriu em Maio passado em Campo de Ourique, na Silva Carvalho, ao pé do Bana e dos Alunos de Apolo, a pequena livraria que mal abriu saudei, não chegou a estar aberta um ano. (...)
Por que hei-de perdoar-me a mim? Não foi isso mesmo o que eu disse àquela pequena livraria que abriu em Maio? Que não a queria? Que não me servia para nada? Que lhe prefiro a Internet e as fnacs?
Que fiz eu em resposta ao gesto generoso de abrir uma loja ao pé de mim? Encolhi os ombros, comprei três livros, segui o mercado, abandonando as franjas.
Se a pequena livraria fechou, fui também eu que a fechei.»
Jorge Silva Melo, em Já fechou a livraria.
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