Dizia assim um vendedor de uma editora num destes dias:
- Quantos mais Natais andaremos a vender os mesmos livros?
Há aqueles livros que vendem o ano inteiro, mas que têm um lugar cativo nas compras de todos os portugueses, assim que nos começamos a sentir como um velhinho de barbas brancas vestido de robe vermelho.
Gabriel García Márquez, Nicholas Sparks, Luis Sepúlveda, "O Perfume" (Patrick Süskind), "As Velas Ardem Até ao Fim" (Sándor Márai), "Equador" (Miguel Sousa Tavares) e outros que tais, são as escolhas óbvias de quem quer oferecer espírito natalício em forma de livro. Na dúvida, oferece-se algo de que todos (?) gostam.
E aí, este Natal, há algo novo. Poderia pensar-se que o fenómeno estava gasto, que já todos tinham lido, que não haveria um único português sem um exemplar em casa. Estava enganado. Na dúvida, oferece-se "O Código Da Vinci". Saem mais depressa do que entram e não há outro "best-seller" que lhe faça frente.
Pode perguntar-se «Será que o Código DaVinci já vendeu mais exemplares do que o Código Civil?». Faltava a edição ilustrada (já aí está), mas ainda falta uma edição para crianças, agendas, livros de receitas, colecções de cromos, banda-desenhada, e porque não, "O Código Da Vinci para Advogados e Juízes". Se não vendeu mais que o Código Civil, para lá caminha rapidamente, com uma pequena ajuda do Pai Natal.
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