Sentiste hoje, Miguel, como estás velho. A conversa era trivial como qualquer conversa quotidiana. Depois alguém quis subir-lhe o interesse. Começou-se a falar de livros, dos melhores, dos eternos. Le Petit Prince de Saint-Exupéry não podia deixar de ser mencionado.
Os que o leram lembraram os melhores momentos; e falaram, é claro, do elefante dentro da jibóia que os adultos, esses cegos confusos que buscam o coração perdido algures no final da infância, não reconheciam. E eu, muito sério, muito atento (como é meu costume), lembrei o desenho com eles. E só vi um chapéu…
E sabes tu, meu espelho, qual foi a pior descoberta? Também eu busco o meu coração que está perdido, e nem sequer o sabia… (Lisboa, 11/04/05)
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