Já muito se disse sobre a praça Leya na feira do livro de Lisboa, mas aqui fica esta nota: se era para fazer aquilo, com as editoras reduzidas a uma pequena parte do seu catálogo (lá se vai o argumento de que a feira serve para expôr os títulos que as livrarias escondem), descaracterizadas e com ar de hipermercado, não se percebe porque a APEL foi tão reticente. Será que têm a consciência pesada?
A única consequência prática deste tu cá-tu lá foi o alargamento temporal da feira: de 21 dias passou para 23, com tudo de bom que isso traz. Vejamos: no fim-de-semana parou de chover e recomeçou vezes sem conta, mas mesmo assim houve períodos em que mal se conseguia dar dois passos sem ter de parar novamente, tal a enchente. Na 2ª e na 3ª, em dois pavilhões, fizemos 30 vendas/dia. A 7 horas por dia, dá uma venda de meia em meia-hora em cada pavilhão. Se tivermos em conta que nesses dois dias a última venda foi feita por volta das 21h30, percebe-se o porquê de ter a feira aberta até às 23h00.
Três semanas de feira, com dois feriados na última: à 15ª pessoa que diz, depois de ter estado algum tempo a namorar um livro, que volta noutro dia, dá vontade de arrumar a barraca e abrir novamente na 6ª ao final da tarde. Será que alguém acredita que por a feira estar aberta 23 dias vai facturar mais do que se estivesse aberta apenas 10, de 6ª a Domingo?
Para ajudar, a electricidade faltou ontem em boa parte da feira um pouco antes de escurecer, tendo regressado apenas 10 minutos antes das 23h, sem que a organização soubesse apresentar explicação. Foi uma lenta agonia, até arrumar a trouxa e rumarmos para casa.
Já disse que ainda não há mapas com a distribuição dos pavilhões? Não há festa como esta.
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