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A menos de uma semana de distância, o espanto. Na capa de "A Capital" de ontem, 5ª feira, uma grande fotografia de António Lobo Antunes e o anúncio da "primeira grande entrevista" do autor antes da publicação de "Eu Hei-de Amar Uma Pedra". Até dia 9, pilham-se aqui as suas palavras.
"- Este livro tem um lado cubista, tenta mostrar as perspectivas todas. Concorda?
- Não li o livro, só escrevi e portanto a minha opinião nunca é a opinião de um leitor, não tem distância. Eu também não leio os livros. No fundo é um paradoxo: escrevo os livros que gostaria de ler e acabo por não os ler. Quando acabo um livro, quero é esquecê-lo para fazer outro. Nunca li um livro antigo. Nunca.
(...) não posso dizer muito bem que sou o autor dos livros, parece que eles estavam ali à espera. É como a gente meter a mão num saco às cegas e aparece qualquer coisa, as palavras são tiradas do fundo de um poço, uma a uma."
entrevista de Paula Macedo, fotos de João Barata, em A Capital 04/11/04
1 comentário:
Um livro repleto de personagens complexas que acima de tudo precisam de amor e tentam encontrá-lo, algumas não da melhor forma. São vidas completas, cheias de episódios entrelaçados, que o Lobo Antunes entrelaça ainda mais, misturando situações, recordações, sentimentos e traumas. Vidas comuns com uma profundidade e ansiedade viciante.
http://os-livros-que-li.blogspot.com/2009/12/eu-hei-de-amar-uma-pedra-antonio-lobo.html
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