pág.XI (Prefácio, Jaime Nogueira Pinto)
«De tal resultaram pressões intensas sobre Portugal, coniderando-se que, após mais de vinte anos de regime autoritário - embora autoritarismo limitado pelo Direito e pela Moral cristã, e não totalitário -, seria o momento de o Estado Novo dar lugar a uma democracia pluralista. Mas havia pelo menos uma razão decisiva - repete-se decisiva - que impedia o estabelecimento, na época, em Portugal, dessa democracia pluralista. É que a influência que, em semelhante democracia, poderia surgir e decerto surgiria da parte de movimentos esquerdistas, inclusivamente socialistas-democráticos e socialistas-comunistas, conduziria à impossibilidade de manter a integridade do Conjunto Português - Metrópole e Ultramar -, mesmo dentro da Solução Portuguesa e da Política Ultramarina Portuguesa que adiante se referirão. Insiste-se: o estabelecimento, então, de uma democracia pluralista em Portugal teria como consequência, imediata ou a curto prazo, a perda do seu Ultramar.»
págs.125-126 (Kaúlza de Arriaga)
Salazar visto pelos seus próximos (1946-68)
Jaime Nogueira Pinto (organização), Luís Filipe Leite Pinto, Kaúlza de Arriaga, António da Silva Teles, et al
Bertrand Editora
2ª edição (Maio 1993)
Sem comentários:
Enviar um comentário