Bill Bryson, um contador de peripécias extremamente engraçado, arrisca-se num mundo que pouco ou nada lhe diz, povoado por criaturas estranhas com nomes como quark, muão, isótopo, supernova, neutrino, estrela de neutrões e muitos outros da mesma índole. Eu é que não queria viver num mundo assim, bolas!
Uma Breve História de Quase Tudo é o resultado das deambulações de Bryson nessas estranhas andanças. E o resultado do resultado é um livro de divulgação científica sobre quase tudo!
Bryson, um ignorante de ciência assumido, consegue provar-nos que, fazendo as perguntas certas, por mais idiotas que nos possam parecer (não há perguntas estúpidas, mas respostas estúpidas, não é assim?), às pessoas que lhes conseguem dar respostas satisfatórias (claro que os destinatários eram todos PhD, MSc, MD e por aí fora), consegue-se saber um pouco de quase tudo.
Depois, misturando tudo com o humor e ironia de Bryson, mais o seu inegável talento para descrições minuciosas hilariantes, consegue-se a façanha de se estar a ler textos sobre coisas intrincadíssimas e soltar ocasionais gargalhadas e muitos esgares de riso!
Há um outro livro de Bryson em que o leitor é advertido para não efectuar a sua leitura em locais públicos, porque vai correr o risco de emitir sons guturais que colocarão todos os olhos dos presentes sobre si.
Faço a mesma advertência para esta obra.
Ciência mesmo a sério, mesmo a brincar!
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