...e também não é por roubar um pássaro ou um livro, que logo dá aos amigos, que o Alba tem as mãos sujas. chartapaciu@gmail.com
domingo, maio 29, 2005
sábado, maio 28, 2005
Feira do Livro: dia 4
Destaques em Lisboa:
O Dia em Que Troquei o Meu Pai por Dois Peixinhos Vermelhos
Os Lobos nas Paredes
ambos de Neil Gaiman e Dave McKean, editados pela Vitamina BD, Livros do Dia no pavilhão 152
Valsa Negra, de Patrícia Melo, editado pela Campo das Letras, Livro do Dia nos pavilhões 167 e 168
Apresentação de Vernon Little, o Bode Expiatório, de DBC Pierre, da Gradiva, às 17h00, no Auditório, com a presença do autor
Lançamento de Gato Fedorento: O Blog, de Miguel Góis, Ricardo de Araújo Pereira, Tiago Dores e Zé Diogo Quintela, editado pela Cotovia, às 21h30, no Auditório, com a presença dos autores
O Dia em Que Troquei o Meu Pai por Dois Peixinhos Vermelhos
Os Lobos nas Paredes
ambos de Neil Gaiman e Dave McKean, editados pela Vitamina BD, Livros do Dia no pavilhão 152
Valsa Negra, de Patrícia Melo, editado pela Campo das Letras, Livro do Dia nos pavilhões 167 e 168
Apresentação de Vernon Little, o Bode Expiatório, de DBC Pierre, da Gradiva, às 17h00, no Auditório, com a presença do autor
Lançamento de Gato Fedorento: O Blog, de Miguel Góis, Ricardo de Araújo Pereira, Tiago Dores e Zé Diogo Quintela, editado pela Cotovia, às 21h30, no Auditório, com a presença dos autores
quinta-feira, maio 26, 2005
Feira do Livro: dia 2
Destaques nos livros do dia em Lisboa
A Condição Humana, de André Malraux, da Livros do Brasil, no pavilhão 30
Território Comanche, de Arturo Pérez-Reverte, da Presença, no pavilhão 53
A Condição Humana, de André Malraux, da Livros do Brasil, no pavilhão 30
Território Comanche, de Arturo Pérez-Reverte, da Presença, no pavilhão 53
quarta-feira, maio 25, 2005
Bem-vindos à Festa do Livro
A partir de hoje, e durante quase 3 semanas, as Feiras do Livro de Lisboa e do Porto recebem todos os apaixonados pelos livros.
Primeiros destaques nos livros do dia:
História da Literatura Portuguesa, de Óscar Lopes e A.J.Saraiva, da Porto Editora, no Pavilhão 24 da Feira do Livro de Lisboa
O Porto na História do Cinema, de Sérgio C.Andrade, também da Porto Editora, no Stand F-9 da Feira do Livro do Porto
Até lá!
Primeiros destaques nos livros do dia:
História da Literatura Portuguesa, de Óscar Lopes e A.J.Saraiva, da Porto Editora, no Pavilhão 24 da Feira do Livro de Lisboa
O Porto na História do Cinema, de Sérgio C.Andrade, também da Porto Editora, no Stand F-9 da Feira do Livro do Porto
Até lá!
terça-feira, maio 17, 2005
Esta 6ª feira nasce uma livraria em Lisboa
Meus amigos, apresento-vos Bocage:
E apresento também uma nova livraria:
A partir da próxima semana, a nova livraria Almedina terá a sua porta aberta de 2ª a 6ª feira, no horário 09h30-14h00 e 15h00-18h30.
Até lá :)
Auto-retrato
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
Magro, de olhos azuis, carão moreno,
Bem servido de pés, meão na altura,
Triste de facha, o mesmo de figura,
Nariz alto no meio, e não pequeno;
Incapaz de assistir num só terreno,
Mais propenso ao furor do que à ternura;
Bebendo em níveas mãos, por taça escura,
De zelos infernais letal veneno;
Devoto incensador de mil deidades
(Digo, de moças mil) num só momento,
E somente no altar amando os frades,
Eis Bocage em quem luz algum talento;
Saíram dele mesmo estas verdades,
Num dia em que se achou mais pachorrento.
E apresento também uma nova livraria:
A partir da próxima semana, a nova livraria Almedina terá a sua porta aberta de 2ª a 6ª feira, no horário 09h30-14h00 e 15h00-18h30.
Até lá :)
sexta-feira, maio 13, 2005
Prémio Camões 2005 atribuído a Lygia Fagundes Telles
O Prémio Camões deste ano foi atribuído à escritora brasileira Lygia Fagundes Telles (sucedendo a Agustina Bessa-Luís), que recentemente comemorou o seu 82º aniversário e que tem uma vasta obra publicada.
O júri desta 17ª edição, composto pelos escritores António Carlos Sussekind (Brasil), Ivan Junqueira (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Vasco Graça Moura (Portugal), Germano de Almeida (Cabo Verde) e José Eduardo Agualusa (Angola), tomou esta decisão por unanimidade, e a cerimónia que formalizará a entrega do prémio decorrerá no dia 10 de Junho, em Portugal.
O Prémio Camões foi criado em 1988 pelos Governos de Portugal e do Brasil, com o objectivo de distinguir um escritor cuja obra tenha contribuído para o enriquecimento dos patrimónios cultural e literário em língua portuguesa.
Em Portugal, as obras de Lygia Fagundes Telles foram todas editadas pela Livros do Brasil, mas várias delas estão esgotadas, como por exemplo este Antes do Baile Verde.
Neste momento apenas estão disponíveis A Estrutura da Bola de Sabão (que tem um prefácio de Mário Soares) e A Noite Escura e Mais Eu.
Existem outras duas edições portuguesas que incluem a participação desta autora, ambas publicadas pela Dom Quixote.
Intimidades chegou muito recentemente às livrarias, e traz-nos 10 contos eróticos criados por 10 escritoras, cinco portuguesas e cinco brasileiras.
Antes da Meia-Noite é uma antologia de contos relacionados com a passagem de ano, e que também inclui contribuições de autores portugueses e brasileiros.
Apesar de não ser uma edição portuguesa, este Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século também se encontra facilmente nas nossas livrarias. É uma muito boa introdução no universo da narrativa curta que se faz naquele país, com a vantagem de nos trazer autores consagrados, mas também ilustres desconhecidos, pelo menos da grande maioria dos leitores portugueses.
Links:
site oficial da autora
Portal Literal
Releituras
"Ambiguidade e ironia em Lygia Fagundes Telles" - Urbano Tavares Rodrigues
Muita Letra: Lygia Fagundes Telles, a vida conto a conto
Muita Letra: A vida é uma ciranda
- Aleluia!
Tive vontade de agarrá-la num abraço e atirá-la no ar tão porosa, tão leve, os panos abertos em asas, adeus, Ifigênia! Estou subindo longe, nuvens, estrêlas, já estou além dos astros! Solidão, solidão, ai! que aqui faz frio. Mas tem Deus, não tem Deus, hem, minha irmãzinha? Se tem Deus não tem solidão, é música, é calor, é afago, mão passando de leve na carinha que nem existe em corpo nem velhice nem infância, só Deus. Só o Deusinho, boa noite, Bula. Boa noite.
- Estou apaixonada, irmã.
- Resfriada?
- Também – respondi tirando o lenço do bolso do pijama. Ela é surda como uma porta, a gente precisa falar num tom acima do normal, o que é meio cansativo. Além do mais, na maioria das vezes as palavras lhe entram por um ouvido e saem pelo outro como uma revoada de andorinhas. Enfim, a companhia ideal. Pisquei-lhe o ôlho e ela sorriu, os dentões de porcelana rosada exibindo-se na plenitude. "Ser feliz é viver na plenitude o momento presente", disse um padre velhinho com uma expressão de quem era feliz em todos os seus momentos.
O júri desta 17ª edição, composto pelos escritores António Carlos Sussekind (Brasil), Ivan Junqueira (Brasil), Agustina Bessa-Luís (Portugal), Vasco Graça Moura (Portugal), Germano de Almeida (Cabo Verde) e José Eduardo Agualusa (Angola), tomou esta decisão por unanimidade, e a cerimónia que formalizará a entrega do prémio decorrerá no dia 10 de Junho, em Portugal.
O Prémio Camões foi criado em 1988 pelos Governos de Portugal e do Brasil, com o objectivo de distinguir um escritor cuja obra tenha contribuído para o enriquecimento dos patrimónios cultural e literário em língua portuguesa.
Em Portugal, as obras de Lygia Fagundes Telles foram todas editadas pela Livros do Brasil, mas várias delas estão esgotadas, como por exemplo este Antes do Baile Verde.
Neste momento apenas estão disponíveis A Estrutura da Bola de Sabão (que tem um prefácio de Mário Soares) e A Noite Escura e Mais Eu.
Existem outras duas edições portuguesas que incluem a participação desta autora, ambas publicadas pela Dom Quixote.
Intimidades chegou muito recentemente às livrarias, e traz-nos 10 contos eróticos criados por 10 escritoras, cinco portuguesas e cinco brasileiras.
Antes da Meia-Noite é uma antologia de contos relacionados com a passagem de ano, e que também inclui contribuições de autores portugueses e brasileiros.
Apesar de não ser uma edição portuguesa, este Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século também se encontra facilmente nas nossas livrarias. É uma muito boa introdução no universo da narrativa curta que se faz naquele país, com a vantagem de nos trazer autores consagrados, mas também ilustres desconhecidos, pelo menos da grande maioria dos leitores portugueses.
Links:
site oficial da autora
Portal Literal
Releituras
"Ambiguidade e ironia em Lygia Fagundes Telles" - Urbano Tavares Rodrigues
Muita Letra: Lygia Fagundes Telles, a vida conto a conto
Muita Letra: A vida é uma ciranda
- Aleluia!
Tive vontade de agarrá-la num abraço e atirá-la no ar tão porosa, tão leve, os panos abertos em asas, adeus, Ifigênia! Estou subindo longe, nuvens, estrêlas, já estou além dos astros! Solidão, solidão, ai! que aqui faz frio. Mas tem Deus, não tem Deus, hem, minha irmãzinha? Se tem Deus não tem solidão, é música, é calor, é afago, mão passando de leve na carinha que nem existe em corpo nem velhice nem infância, só Deus. Só o Deusinho, boa noite, Bula. Boa noite.
- Estou apaixonada, irmã.
- Resfriada?
- Também – respondi tirando o lenço do bolso do pijama. Ela é surda como uma porta, a gente precisa falar num tom acima do normal, o que é meio cansativo. Além do mais, na maioria das vezes as palavras lhe entram por um ouvido e saem pelo outro como uma revoada de andorinhas. Enfim, a companhia ideal. Pisquei-lhe o ôlho e ela sorriu, os dentões de porcelana rosada exibindo-se na plenitude. "Ser feliz é viver na plenitude o momento presente", disse um padre velhinho com uma expressão de quem era feliz em todos os seus momentos.
segunda-feira, maio 09, 2005
Passatempo pilha: A menina da selva
Na edição do dia 23 de Abril último, a revista Única do jornal Expresso publicou uma reportagem intitulada A menina da selva: «Sabine Kuegler viveu dos 5 aos 17 anos na selva da Papua Ocidental. Aos 32 ainda não se habituou à civilização. Conta tudo em livro."
Com 5 anos de vida, até então passados na Alemanha, Sabine viu-se emigrada para um planalto perdido na zona Leste da Indonésia, a morar numa "cabana de madeira, sem portas nem janelas, assente em palafitas, numa clareira entre a margem do rio Klihi e a selva quase impenetrável", e a obter uma noção de vida completamente diferente.
"A pele habituou-se ao calor, os pés desacostumaram-se dos sapatos, o corpo da roupa, e a menina ocidental aprendeu a falar singsang, a caçar de arco e flechas envenenadas, a nadar em águas infestadas de crocodilos - «eles não mordem debaixo de água» -, a atear fogo sem fósforos, a saber as horas pelos barulhos dos diferentes animais, a descansar sempre perto de uma árvore para ter refúgio rápido em caso de ataque de javalis."
Aos 17 anos, e após os estudos ditos ocidentais terem até então decorrido com a ajuda de manuais escolares que eram enviados com regularidade, Sabine é enviada para um colégio interno na Suíca: «Foi a primeira vez que entrei verdadeiramente em choque».
Hoje, aos 32 anos, Sabine parece já ter encontrado um rumo para a sua vida: criou no ano passado a editora Earth of Dreams, «com a qual pretende produzir documentários, livros e artigos sobre regiões exóticas da Terra. O seu livro da selva é o primeiro produto promocional. Aquando do lançamento, em Fevereiro, na Alemanha, ascendeu imediatamente a número um de vendas». Enquanto isso, o site serve também para promover a venda do triplo cd da menina da selva, que tem um site muito bem construído, onde inclusivamente se pode ver uma entrevista e ouvir excertos dos discos.
A pergunta óbvia (Quem vai interpretar o papel de Sabine no filme?), deixamos nós para outro local e outra oportunidade. Por isso, o primeiro passatempo promovido pelo pilha é bem mais simples: que editora portuguesa já se adiantou a todas as outras (sim, não acredito que os nossos olheiros editoriais ainda não tenham descoberto esta preciosidade) e garantiu os direitos para mais um best-seller garantido à nascença? Aceita-se apenas uma resposta por pessoa (a depositar na caixa de comentários abaixo), e quando soubermos quem acertou, o pilha terá todo o gosto em oferecer um exemplar de O Livro da Selva ao feliz vencedor.
Boas leituras :)
Com 5 anos de vida, até então passados na Alemanha, Sabine viu-se emigrada para um planalto perdido na zona Leste da Indonésia, a morar numa "cabana de madeira, sem portas nem janelas, assente em palafitas, numa clareira entre a margem do rio Klihi e a selva quase impenetrável", e a obter uma noção de vida completamente diferente.
"A pele habituou-se ao calor, os pés desacostumaram-se dos sapatos, o corpo da roupa, e a menina ocidental aprendeu a falar singsang, a caçar de arco e flechas envenenadas, a nadar em águas infestadas de crocodilos - «eles não mordem debaixo de água» -, a atear fogo sem fósforos, a saber as horas pelos barulhos dos diferentes animais, a descansar sempre perto de uma árvore para ter refúgio rápido em caso de ataque de javalis."
Aos 17 anos, e após os estudos ditos ocidentais terem até então decorrido com a ajuda de manuais escolares que eram enviados com regularidade, Sabine é enviada para um colégio interno na Suíca: «Foi a primeira vez que entrei verdadeiramente em choque».
Hoje, aos 32 anos, Sabine parece já ter encontrado um rumo para a sua vida: criou no ano passado a editora Earth of Dreams, «com a qual pretende produzir documentários, livros e artigos sobre regiões exóticas da Terra. O seu livro da selva é o primeiro produto promocional. Aquando do lançamento, em Fevereiro, na Alemanha, ascendeu imediatamente a número um de vendas». Enquanto isso, o site serve também para promover a venda do triplo cd da menina da selva, que tem um site muito bem construído, onde inclusivamente se pode ver uma entrevista e ouvir excertos dos discos.
A pergunta óbvia (Quem vai interpretar o papel de Sabine no filme?), deixamos nós para outro local e outra oportunidade. Por isso, o primeiro passatempo promovido pelo pilha é bem mais simples: que editora portuguesa já se adiantou a todas as outras (sim, não acredito que os nossos olheiros editoriais ainda não tenham descoberto esta preciosidade) e garantiu os direitos para mais um best-seller garantido à nascença? Aceita-se apenas uma resposta por pessoa (a depositar na caixa de comentários abaixo), e quando soubermos quem acertou, o pilha terá todo o gosto em oferecer um exemplar de O Livro da Selva ao feliz vencedor.
Boas leituras :)
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