Com a preciosa ajuda da nossa repórter Cláudia Silva, aqui ficam algumas fotos da Feira do Livro de Braga, que fechou as portas no passado dia 17.
Até para o ano!
...e também não é por roubar um pássaro ou um livro, que logo dá aos amigos, que o Alba tem as mãos sujas. chartapaciu@gmail.com
sexta-feira, abril 29, 2005
domingo, abril 24, 2005
Feira do Livro de Coimbra
A Feira do Livro de Coimbra, inaugurada na passada 5ª feira, estará aberta até ao dia 8 de Maio, com abertura sempre marcada para as 15h00 e fecho às 23h00 (dias úteis) ou 24h00 (Sábados, Domingos e feriados).
A Feira está de regresso à Praça da República, mesmo às portas da Universidade e do Teatro Académico Gil Vicente, onde se podem encontrar várias dezenas de editores e livreiros, em representação de muitas editoras nacionais e estrangeiras.
Resta acrescentar que não é preciso preocuparmo-nos com a chuva, já que o espaço da feira está totalmente coberto por uma tenda gigante.
Ainda temos 2 semanas de feira, boas leituras :)
A Feira está de regresso à Praça da República, mesmo às portas da Universidade e do Teatro Académico Gil Vicente, onde se podem encontrar várias dezenas de editores e livreiros, em representação de muitas editoras nacionais e estrangeiras.
Resta acrescentar que não é preciso preocuparmo-nos com a chuva, já que o espaço da feira está totalmente coberto por uma tenda gigante.
Ainda temos 2 semanas de feira, boas leituras :)
quarta-feira, abril 20, 2005
Zapping: Anomalias
Onde vais?
A primeira palavra que ouvi
na minha vida
foi «onde vais?»
Num aposento sentados
em sacos de milho
eu e minha mãe.
Tinha apenas um ano
e não sabia ainda
o que eram as palavras
e onde me poderiam levar.
Tonino Guerra(1920)
História para uma noite de calmaria(trad.de Mário Rui de Oliveira)
A primeira palavra que ouvi
na minha vida
foi «onde vais?»
Num aposento sentados
em sacos de milho
eu e minha mãe.
Tinha apenas um ano
e não sabia ainda
o que eram as palavras
e onde me poderiam levar.
Tonino Guerra(1920)
História para uma noite de calmaria(trad.de Mário Rui de Oliveira)
terça-feira, abril 19, 2005
Cadernos de Temuco - Pablo Neruda
DA MINHA VIDA DE ESTUDANTE
Sinos, sinos. Tocam os sinos
e todos os sons povoam o ar.
Sinos, sinos. As notas distantes
têm do gemido o dolente vibrar...
Passam os dias! O amanhã chegará.
O amanhã passará sem luz e sem ruído!
E as luminosas quimeras humanas!
E os gozos sempre, sempre prometidos!
Amanhã, amanhã! Os olhos cansados
há muito tempo já que estão fechados
e húmidos e tristes de tanto esperar!
Não toquem os tristes sinos distantes!
(Os dias passam como os sinos
tocam, tocam. Depressa deixam de tocar.)
Cadernos de Temuco, de Pablo Neruda (prólogo de Víctor Farías; tradução e notas de Albano Martins), edicão Campo das Letras (Maio de 2004), 251 págs., pvp: 16,80€
AQUELE
Porque era um rapaz bom e resignado
e tão tristemente costumava passar
sob o teu olhar, porque um amargurado
coração vias atrás do seu olhar...
tu nunca o amaste. Sonho dourado
que com brancas asas se vê adejar
foste para o pobre rapaz esquecido
com sua grande mágoa: tristeza de amar...
Mas no bulício das tuas alegrias
ou no fatigado rodar dos teus dias
amargos, tu nunca poderás encontrar
o grande carinho daquele ignorado
coração que sempre ficou amargurado
pela mágoa grande de amar, de amar...
Estávamos em 1919. Pablo Neruda tinha 15 anos.
Sinos, sinos. Tocam os sinos
e todos os sons povoam o ar.
Sinos, sinos. As notas distantes
têm do gemido o dolente vibrar...
Passam os dias! O amanhã chegará.
O amanhã passará sem luz e sem ruído!
E as luminosas quimeras humanas!
E os gozos sempre, sempre prometidos!
Amanhã, amanhã! Os olhos cansados
há muito tempo já que estão fechados
e húmidos e tristes de tanto esperar!
Não toquem os tristes sinos distantes!
(Os dias passam como os sinos
tocam, tocam. Depressa deixam de tocar.)
Cadernos de Temuco, de Pablo Neruda (prólogo de Víctor Farías; tradução e notas de Albano Martins), edicão Campo das Letras (Maio de 2004), 251 págs., pvp: 16,80€
AQUELE
Porque era um rapaz bom e resignado
e tão tristemente costumava passar
sob o teu olhar, porque um amargurado
coração vias atrás do seu olhar...
tu nunca o amaste. Sonho dourado
que com brancas asas se vê adejar
foste para o pobre rapaz esquecido
com sua grande mágoa: tristeza de amar...
Mas no bulício das tuas alegrias
ou no fatigado rodar dos teus dias
amargos, tu nunca poderás encontrar
o grande carinho daquele ignorado
coração que sempre ficou amargurado
pela mágoa grande de amar, de amar...
Estávamos em 1919. Pablo Neruda tinha 15 anos.
sábado, abril 02, 2005
começa hoje a Feira do Livro de Braga
Abrem hoje, às 15 horas, as portas da 14ª edição da Feira do Livro de Braga, que este ano conta com a participação de 58 editores, livreiros e outras organizações associadas, distribuídos por cerca de 70 stands.
Durante estas duas semanas muitos autores passarão pelo Parque de Exposições de Braga para debates e conversas sobre temas como o jornalismo ou a nova ficção espanhola, para recitais de poesia, apresentações de livros e outras iniciativas.
O destaque inicial vai para o debate que acontece amanhã às 16h00 sobre a Nova Ficção Portuguesa, onde estarão presentes três autores de culto dos residentes desta casa: Gonçalo M. Tavares, Frederico Lourenço e José Luís Peixoto.
O pilha esteve presente na edição anterior, que deu direito a reportagem publicada a 13/03/04, e contamos também poder apresentar em breve algumas fotografias da edição que hoje começa.
Consultem os links abaixo para mais informações, nomeadamente a agenda cultural, passem por lá, e boas leituras.
Links:
Parque de Exposições de Braga
O Portal da Cidade
Exhibitions, Conferences & Trade Shows Worldwide
The Publishers Association
P.S.: Obrigado pela dica, booklover. Queres ser uma das vozes do pilha, nesta edição da Feira?
sexta-feira, abril 01, 2005
Emily Dickinson
«Escritos entre a turbulência e a incandescência, os poemas de Emily Dickinson acompanham uma existência atormentada e enigmática. Nunca reunidos em vida, com excepção de esporádicas edições em revistas ou jornais, por vezes alterando a sua singular pontuação, só em 1890, quatro anos depois da sua morte, sai o volume dos Poemas organizado por Mabel Loomis Todd e T.W. Higginson, com um êxito que leva a onze reedições até ao fim de 1892. Trata-se, como é evidente, de uma selecção feita sobre os quase dois mil poemas (a edição de R.W. Franklin, The poems of Emily Dickinson, Belknap-Harvard University Press, 1999, agrupa 1789 poemas) que Emily Dickinson deixou, organizados em 40 cadernos, além de cerca de quinze conjuntos não agrupados - aos quais se devem somar as centenas de poemas (variantes ou não) que dava ou enviava a amigos e familiares. Graças à irmã Lavinia, e à primeira editora, Mabel Todd, esse espólio, guardado numa caixa, pôde ser salvo e objecto de sucessivas edições e organizações, já que o agrupamento nos cadernos não é cronológico, obedecendo possivelmente a uma lógica pessoal que, com o abandono de um projecto de publicação, foi perdendo toda a coerência. Daí que cada editor siga um critério diferente, sendo o cronológico o menos óbvio, dada a dispersão temática em que induz.»
Esta é a minha carta ao mundo e outros poemas, de Emily Dickinson (trad. Cecília Rego Pinheiro), editado pela Assírio & Alvim (06/1997), colecção Gato Maltês nº33, 72 págs, pvp: 6€, ISBN 9723704250. Edição bilingue em português e inglês.
Poemas e Cartas (antologia para um recital), de Emily Dickinson (Tradução e introdução de Nuno Júdice, revista por Ana Luísa Amaral; uma antologia organizada por Nuno Vieira de Almeida), editado pela Cotovia (2000), 190 págs., pvp: 14€, ISBN 9728423594. Edição bilingue em português e inglês.
Bilhetinhos com Poemas, de Emily Dickinson (tradução de Ana Fontes, prefácio de A. Joaquim), editado pela Colares (1995), 85 págs., ISBN 9728099517, pvp: 8,38€.
Oitenta Poemas de Emily Dickinson, de Emily Dickinson (tradução e apresentação de Jorge de Sena), editado pela Edições 70 (1979), ISBN 9724400050. Edição bilingue em português e inglês. Edição esgotada.
Nuno Júdice (na introdução incluída na edição da Cotovia apresentada abaixo)
Esta é a minha carta ao mundo e outros poemas, de Emily Dickinson (trad. Cecília Rego Pinheiro), editado pela Assírio & Alvim (06/1997), colecção Gato Maltês nº33, 72 págs, pvp: 6€, ISBN 9723704250. Edição bilingue em português e inglês.
Poemas e Cartas (antologia para um recital), de Emily Dickinson (Tradução e introdução de Nuno Júdice, revista por Ana Luísa Amaral; uma antologia organizada por Nuno Vieira de Almeida), editado pela Cotovia (2000), 190 págs., pvp: 14€, ISBN 9728423594. Edição bilingue em português e inglês.
Bilhetinhos com Poemas, de Emily Dickinson (tradução de Ana Fontes, prefácio de A. Joaquim), editado pela Colares (1995), 85 págs., ISBN 9728099517, pvp: 8,38€.
Oitenta Poemas de Emily Dickinson, de Emily Dickinson (tradução e apresentação de Jorge de Sena), editado pela Edições 70 (1979), ISBN 9724400050. Edição bilingue em português e inglês. Edição esgotada.
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