...e também não é por roubar um pássaro ou um livro, que logo dá aos amigos, que o Alba tem as mãos sujas. chartapaciu@gmail.com
sexta-feira, junho 29, 2012
sexta-feira, junho 22, 2012
Esquinas e quedas
post de José Mário Silva, publicado no Bibliotecário de Babel
Prémio Nacional de Poesia
Prémio Nacional de Poesia
Autor: Nuno Moura
Editora: Mia Soave
N.º de páginas: 44
ISBN: 978-989-97215-1-7
Ano de publicação: 2012
Nuno Moura é um dos elementos mais desalinhadamente activos da poesia portuguesa contemporânea. Ex-jogador de pólo aquático, ex-publicitário, tem sido um declamador todo-o-terreno de versos seus e de outros – a solo, em dupla (COPO, com Paulo Condessa) ou em grupo (Ventilan) –, além de responsável por projectos editoriais arriscados, sempre à margem dos circuitos estabelecidos. Depois da Mariposa Azual, fundou recentemente a Mia Soave – assumidamente uma «editora de vão de escada», que se estreou a publicar um livro de poemas de Alberto Pimenta (Reality Show ou a alegoria das cavernas, acompanhado por um CD com temas originais de Ana Deus e Alexandre Soares).
Agora, em Prémio Nacional de Poesia, igualmente com um disco de bónus (14 temas musicados por José Ferreira, a partir de textos antigos de Nuno Moura, ditos pelo próprio ou cantados por Beatriz Nunes, a nova voz do Madredeus), volta a prevalecer a dimensão oral desta escrita: «O que aqui se lê em silêncio foi escrito para ser lido ao vivo.» Performativa e surrealizante, a prosa poética de Nuno Moura é um mecanismo imparável de sabotagem e rebeldia, um exercício de liberdade livre em doses generosas.
«Entre o pensamento e a fala, dentro do dicionário completo de sons, dois amantes abraçam-se.» O resto é caos, espalhafato, provocação (farpas a rodos; tiro ao alvo a tudo o que mexe, de musas a críticos), uma energia que muitas vezes acende a página, mas outras vezes se dissipa, palavrosa, no abismo da escrita automática. É um poema «de esquinas e de quedas», sempre a fugir, desobediente, «rasando o canteiro cheio de terra e de folhas». Com ele, diz o poeta, «as miúdas vão voltar a gritar nos recitais». Esperemos que sim.
Avaliação: 7/10
[Texto publicado no suplemento Actual, do semanário Expresso]
sexta-feira, junho 15, 2012
quinta-feira, junho 14, 2012
Curso de Escrita Criativa, por João Rafael Dionísio, n'O Século
Escrita Criativa
Misturar as Palavras com a Liberdade
por Rafael Dionísio
Príncipe Real (Segundas de Quartas; 18, 20; 25 e 27 de Junho de 2012)
Primeira Sessão
Apresentação. Dissertação inicial sobre livros e escrita. Ordenar Palavras. Listagens. Reordenar palavras e expressões. A proto-frase.
Segunda Sessão
Escrita Automática. O Sintagma Nominal. Intersecção de Campos Semânticos.
Terceira Sessão
Diálogos Surrealistas. Interpretação escrita de manchas do tipo Rorschach. Exercícios ligeiramente mais complexos.
Quarta Sessão
Mini interpretação/narrativa especulativa sobre imagens de edifícios. Exercício catártico. Conclusões. Entrega dos diplomas.
Nota Biográfica:
Rafael Dionísio é escritor, nasceu em 1971, publicou, além de dispersos, sete livros, (três romances, dois de poesia e dois de prosa poética). Prepara a edição um romance de maior fôlego. Ministra cursos de Escrita Criativa desde o fim dos anos noventa, principalmente orientados para a construção da narrativa. Prepara uma tese de doutoramento na área da Crítica Textual intitulada A Produção de Ernesto de Sousa sobre Arte, História da Arte e Estética . Gosta de ler, aprender, discutir coisas, conversar, desconstruir inventar, jogar e, claro, escrever.
terça-feira, junho 12, 2012
segunda-feira, junho 11, 2012
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