Todo o programa, aqui.
...e também não é por roubar um pássaro ou um livro, que logo dá aos amigos, que o Alba tem as mãos sujas. chartapaciu@gmail.com
sexta-feira, maio 29, 2009
sábado, maio 23, 2009
sexta-feira, maio 22, 2009
Liliana... (Um Livro Aberto)
Com medo de partir, lia o folhetos das agências de viagens e sentia-se longe. Uma vez jurou ter visto Robinson Crusoe. Lamentou-lhe a condição de náufrago, mesmo com Sexta-Feira.(E afinal era ela que vivia numa ilha deserta...)
Etiquetas:
da distante alexandria; Miguel João Ferreira
quinta-feira, maio 21, 2009
Do Medo (Livre/o Abordagem)
O seu livro de cabeceira era a posologia da aspirina. Florentina Hipocondríaca só se sentia segura com a leitura contínua desse manual. Chegava a levá-lo para as compras, e lia-o atentamente antes de pegar num kilo de maçãs ou de pagar a carne no talho.Florentina era uma pequena parte da sociedade exterior, uma parte ínfima de si mesma.
quarta-feira, maio 20, 2009
Estranha Rábula
terça-feira, maio 19, 2009
A Vantagem da Ingenuidade
A criança abriu o livro e mergulhou lá para dentro. Não sabia que coisas iria encontrar. Sabia apenas que o quer que fosse seria extraordinário. A única coisa que a criança não admite é a banalidade.À medida que cresce torna-se mais tolerante e habitua-se:
A maturidade constrange a imaginação.
Etiquetas:
historiografias Miguel João Ferreira
segunda-feira, maio 18, 2009
domingo, maio 17, 2009
sábado, maio 16, 2009
Breve História de Um Sábio de Berlim
Herr Alleswisser fez um castelo de livros e, sem mais delongas, instalou-se nele; ponta a ponta, foi lendo a sua casa e, lendo, sentia-se feliz.Um dia, de tanto ler paredes e pilares, o castelo ruiu; e Herr Alleswisser achou-se soterrado sob a sua cultura e viu-se nu, com fome, com sede, exposto à bruta crueza do Mundo.
Hoje, Herr Alleswisser é um sem abrigo e vive debaixo da ponte Erscheinigungsbrücker, onde passam os carros que seguem para Berlim Oriental.
Só quando confrontado com a vertente prática das ruas que apenas conhecia como ideia nesses livros que lia é que Herr Alleswisser compreendeu que a Literatura, só por si, não constitui a Cultura. Que ser culto, implica viver na mesma proporção em que se teoriza, sob pena de o sabor de uma carne ou de um peixe não ser a carne ou o peixe mas apenas uma sensação de saliva que surge à boca ao pensar-se uma iguaria abstracta que não é mais do que metáfora.
Ao descobrir isso, Herr Alleswisser obteve o impensável: perdeu tragicamente o seu castelo, para encontrar na condição de sem-abrigo aquela completude que buscava.
Dulcineia, meus Quijotes, está ao virar da esquina, não ao virar da página!
Etiquetas:
da distante alexandria,
Miguel João Ferreira
sexta-feira, maio 15, 2009
Livro Branco
Acabei de ler este livro: (...) Depois de o completar, fiz-me completo. Não tem editora, não tem ISBN, não tem preço, não tem código de barras, não está à venda. Dá-se quando eu me dou e retorno a mim. Escrevo-o de dentro para fora e de fora para dentro (porque nada tem apenas um sentido ou vem de uma só coisa) e guardei-o de novo nesse bolso largo que está naquele ponto do meu corpo que não podem cobrir casacos e calças.(O que criei de mim, foi o que li).
quinta-feira, maio 14, 2009
O Leitor Conquistador (Uma Aventura)
Casanova lia um livro tal e qual como despia uma mulher; pegava no canto de uma página como se fosse uma mão que devesse beijar. Olhava para as linhas delicadas que a compunham, como se as visse pela primeira vez, que seria também a última, como se nelas pudesse ver o destino e se concentrassem todas as suas forças e esperanças; como se ali, naquele momento único, achasse todo o prazer por gozar.Depois mergulhava no seu conteúdo com a sinceridade do amor adolescente, que dá a alma por uma descoberta; e a cada página repetia o exercício, numa nova conquista. Casanova lia e amava e lendo e amando mentia, com renovadas promessas. Mas a sua infidelidade, por tão intensamente profunda, resultava afinal como uma coisa idónea.
(Casanova, contra si mesmo, era um burlão honesto...)
quinta-feira, maio 07, 2009
Passatempo Mar das Especiarias
Terra de vegetação luxuriante, orografia acentuada, vulcões extintos e fraca densidade populacional, a ilha das Flores é um desses locais paradisíacos, mas raramente visitados, com que frequentemente nos deparamos no extenso arquipélago indonésio. Os próprios javaneses, que têm o seu Algarve na turística ilha de Bali, raramente se aventuram nesta latitude, considerando até que as Flores são já «território ultramarino». As ligações marítimas com as restantes ilhas são escassas e a qualidade dos aviões que para aqui voam, de Jacarta ou de Denpasar, via ilha de Sumbawa, deixam bastante a desejar.
Aqui, pouco ou nada resta da corrente civilizacional hindu que tomou de assalto Java e Samatra, ilhas mais a norte, tendo prevalecido os cultos animistas tribais que souberam imiscuir-se no cristianismo e no islamismo, as religiões que se seguiriam. Ainda hoje, os centros urbanos são pouco significativos e a organização territorial, em vez de se fazer em distritos, faz-se em «regências», resultado de uma época em que o destino desta bela ilha estava na mão de rajás locais.»
Assim começa Mar das Especiarias - A viagem de um português pela Indonésia, da autoria de Joaquim Manuel Magalhães, com prefácio de Ana Gomes (ex-Embaixadora de Portugal em Jacarta), e introdução de António Pinto da França. Editado recentemente pela Editorial Presença, este livro traz-nos 242 páginas de descoberta da influência portuguesa neste país, recheadas de depoimentos, entrevistas e fotografias recolhidos pelo autor.
O pilha-livros tem mais uma vez o prazer de se associar à Editorial Presença, através dum passatempo que irá oferecer alguns exemplares desta obra. Assim, os primeiros quatro participantes a responder correctamente à seguinte pergunta, receberão um exemplar de Mar das Especiarias, oferta da Presença: este é o primeiro livro de uma nova colecção da Presença, dedicada à literatura de viagens - qual o nome dessa colecção?
As respostas deverão ser colocadas na caixa de comentários deste post.
sábado, maio 02, 2009
Não, mas tenho uma biografia do Fidel
Basta cinco minutos e três clientes, que procuravam o primo Basílio, o diário de Anne Frank e as lições do Tonecas, para ilustrar que vai ser necessária pelo menos uma 80ª edição para mostrar que esta é uma Feira de editores.
sexta-feira, maio 01, 2009
Já abriu
Dizia o meu colega de pavilhão (vá, há que dizer que houve alguma evolução dos barracos de sempre) que parece que estivemos ontem a desmontar a feira. É verdade, e o Natal é já a seguir. Mas por enquanto, e até dia 17, é passar pelo Parque Eduardo VII, cheio de livros e belas paisagens.
Subscrever:
Comentários (Atom)



