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...e também não é por roubar um pássaro ou um livro, que logo dá aos amigos, que o Alba tem as mãos sujas. chartapaciu@gmail.com
«Ao longo dos últimos anos, falei muito sobre a Turquia e sobre a sua tentativa de integração na União Europeia; e deparei frequentemente com esgares e perguntas desconfiadas, por isso permitam-me que aproveite esta oportunidade para lhes responder. A coisa mais importante que a Turquia e o povo turco têm a oferecer à Europa e à Alemanha é, sem dúvida, a paz; é a força e a segurança que nascerão do desejo de um país muçulmano se unir à Europa, e da ratificação deste desejo pacífico. Os grandes romancistas que li na infância e na juventude não definiam a Europa em termos da sua fé cristã, mas sim dos anseios dos seus indivíduos. Os seus romances tocaram-me, porque aqueles heróis lutavam para se libertar, expressar a sua criatividade e tornar os seus sonhos realidade. A Europa deve o respeito que o mundo não-ocidental lhe vota aos ideais que tanto promoveu: liberdade, igualdade e fraternidade. Se a alma da Europa é o iluminismo, a igualdade e a democracia, se pretende ser uma união estabelecida na paz, então a Turquia tem nela um lugar. Uma Europa que se defina estritamente em termos de Cristandade será (tal como uma Turquia que tente colher a sua força exclusivamente na sua religião) um lugar fechado em si e divorciado da realidade, mais ligado ao passado que ao futuro.»